Sinto saudade. Não de momentos vividos ou de pessoas que passaram pela minha vida.
Sinto saudade de mim mesma. Daquela garota destemida que já fui. Que ansiava por sua liberdade e lutava por ela. Que não esperava. Que agia e depois parava para pensar.
As vezes sinto ela novamente e tento deixar ela fluir. Mas a mulher que sou agora, sempre a bloqueia, e isso me deixa tão triste, porque não consigo entender o motivo.
A vida pode até ser uma história que terminar em uma vírgula. Mas eu queria que aquela garota que tanto lutei para ela ser feliz por inteira, consiga chegar a se realizar aqueles sonhos que viviam sempre com ela. E que ela não viva mais na saudade.

B. Fernandes .


Algumas vezes na vida é preciso se desligar de tudo e de todos. Para de pensar em todo o resto do mundo que gira em torno de você. O porque disto?
Porque as vezes é necessário amar um pouco mais você mesmo. Pensar se esta tudo certo com você , e se não esta, porquê? 
Muito barulho. Muita bagunça. Um turbilhão de pensamentos e sentimentos que faz com que você se sinta muito confusa. É difícil. Mas o que fazer quando nada entra em acordo. Nem mesmo não se tem conexão alguma um assunto a outro. Nem mesmo as palavras. São apenas tentativas de voltar a se concentrar. De voltar a ter o controle da sua própria mente. É uma grande loucura tudo isso! Simplesmente uma loucura...


Chegou a hora de ir sem hesitar. Eleger o foda-se que todos querem escutar.

E a palavra final não será escrita. Mas terá que ser pra toda a vida. Morrendo ou não, nada vai mudar. Até porque se eu sumir, ninguém irá notar.

Não sei o que estou pensando e nem escrevendo. Devo estar lá no fundo, aos poucos, morrendo.

Crash Heart (G.S.)


O meu primeiro post foi uma pequena análise que fiz sobre um dos meus livros favoritos, "O Inferno de Gabriel". Ok. Acho que não é um dos, ele é "o" meu livro preferido. Mas essa primeira análise, fiz a pedido da minha psicóloga, e notei que eu posso fazer isso mais vezes. Ando tão sem tempo e tão cansada, que mal tenho me dedicado as coisas que realmente gosto de fazer, como ler e escrever. Mas acho que estou precisando voltar a fazer isso. Minha mente está voltando a ficar atordoada, enchendo de pensamentos e confusões, pesando o coração e a alma. E pelo que me conheço, isso não me fará e nem me faz bem. E uma das coisas que pode aliviar esse peso, é colocar o que sinto para fora. E onde e como fazer isso? Bom, tenho um caderno que uso de diário, mas as vezes não tenho mais força para segurar uma caneta, afinal, essa instabilidade do meu lado direito não muda nunca, e isso cansa, dói, me desconstrói. Engraçado como as pessoas são tão egoístas e mesquinhas, que não são capazes de se colocar por um momento no lugar do outro. Não é atoa que o mundo está tão cheio de preconceitos. A sociedade está ficando cada vez mais medíocre. Triste e difícil de se viver. Cada vez mais, consigo compreender porque muitas pessoas estão preferindo o suicídio, do que a ficar em um mundo tão arrogante e ignorante quanto este.
Sim, isso é sobre mim. Afinal, são pensamentos constantes que carrego dentro de mim.

Ps.: Logo farei uma nova análise ou resenha, sobre algum outro livro.
O que não acho que seja realmente importante, afinal não tenho nenhum público para poder mostrar alguma coisa.

B. Fernandes


Queria escrever algo diferente, algo incentivador. Mas a minha mente não tem funcionado da melhor maneira possível. Então resolvi apenas fazer um desabafo, tirar um pouco dos pensamentos que estão girando como um furacão dentro da minha cabeça, e que está me deixando louca. Sei que ninguém vai vir ler aqui. Então não custa jogar algumas palavras nas nuvens da internet.
Bom. Eu comecei a trabalhar. Precisava muito de um emprego com urgência mesmo. As coisas aqui em casa não andam das melhores no quesito financeiro. Então, no final do ano passado, eu fiz a prova do concurso da Seduc (Secretária da Educação do Estado de Rondônia) para professor de inglês aqui pra minha cidade mesmo. Mas no dia da prova passei mal, não consegui terminar da forma que eu queria, então sai de lá sem esperanças de ao menos conseguir a nota mínima para me classificar. Assim, apenas continuei a estudar para poder concluir minha faculdade. Então saiu a lista de classificados do concurso. Quando fui olhar, nem fui na esperança de ver meu nome, apenas queria ver quem da minha sala tinha conseguido se classificar, porque 90% da minha turma fez a prova. Passei pela lista dos classificados da minha cidade, passei tão rápido que primeiro apenas vi uma inicial, e voltei para ver o nome. Lá estava, meu nome, em 5º lugar. Nossa, como fiquei feliz por aquilo. Mas ainda assim, só tinha 1 vaga para o cargo que eu fiz a prova. Não seria chamada tão cedo. Continuei a estudar. Então chegou o mês de julho. Meu último mês da faculdade. Finalmente iria me formar. Então uma colega minha da faculdade me mandou uma mensagem, dizendo que havia saído uma nova convocação da lista de classificados. Mas eu não fiquei muito esperançosa. Foi então que ela mandou um áudio, basicamente gritando, dizendo que eu havia sido convocada. A felicidade que eu senti quando vi meu nome naquela lista. Inexplicável. Eu havia conseguido um emprego, que iria ganhar muito bem, exercer a profissão a qual estava me formando. Tudo iria mudar. E mudou. Fui para a capital tomar posse do meu cargo. Três dias sozinha e longe da minha família. Mas deu tudo certo. Até voltar eu tomava remédio controlado por conta da minha Síndrome do Pânico. Então parei de tomar, e há quase dois meses não tomo mais nenhum remédio, e até hoje não tive nenhuma crise forte. Estou feliz com meu emprego. Eu gosto de dar aula. Gosto de estar dentro de uma sala de aula. O único problema é que meu pagamento ainda não saiu. E eu e minha família precisamos muito. Estou muito ansiosa pra saber se sai esse mês mesmo.
Bom é isso.


Não entender. Não saber. O que é mais fácil lidar? O que é mais difícil? O que posso fazer? O que quero fazer?
Julgar. Criticar. Condenar. Banalidades. Facilidades. Praticidades.
Ajudar pra que? Socorrer pra que? Tentar entender pra que? O que irá ganhar? O que terá de retorno?
Sentir. Saber sentir. Conseguir sentir. É fácil? É certo? Por quê? Pra que? Como?
Quando não se sabe aonde ir, como ir e nem se precisará de alguém ou se precisara de um apoio. Tudo se torna um labirinto, com mistérios cada vez mais complicados. O desejo de fugir e conseguir escapar são cada vez maiores. Contudo a força para conseguir lutar é cada vez menor.
Esperança. É o que resta. Desejo de vencer e superar. Alguém em quem apoiar e ser o próprio motivo para poder tentar se reerguer e buscar o caminho da conquista e realização.
Tudo tem uma razão, e um resultado de acordo com nossas atitudes e até mesmo de acordo com nosso próprio jeito de ser e nossos ideais.

A verdadeira razão. A verdadeira motivação. O verdadeiro motivo. Basta olhar para si mesma. Ame-se. Valorize-se.

B. Fernandes





Não é um livro que concretiza em palavras o homem que uma mulher deseja em seus sonhos de fervor, nem seu contrário. É uma história que mostra as imperfeições humanas. Que analisa o comportamento de duas pessoas dentro de um relacionamento. Retrata a mulher como um anjo, por conta da ideologia que toda mulher traz em si a pureza e a bondade. E o homem é visto como imagem da maldade e pecado. Ou seja, a distorção de Adão e Eva. De acordo com o icone que é demonstrado na historia bíblica que conhecemos é como se a Eva levasse Adão a comer a fruta do pecado. Contudo,Reynard discorda do “Paraíso bíblico” e concorda com o senso comum da existência de Paraíso e Inferno. O autor faz referencia a obra de Dante Alighieri “A Divina Comédia” onde Dante tem Beatriz idealizada como sua salvadora do Inferno. “O Inferno de Gabriel” é uma obra complexa e direta. Mas como uma obra pode ser duas coisas opostas? Bom, explico dizendo a àqueles que querem entretenimento de momento e distração, nessa obra você irá encontrar diretamente o romance ardente e envolvente a que procura. E a àqueles que gostam de obras que te façam pensar e analisar cada personagem, cada espaço e acontecimento da história, Reynard conquista com graça o seu encantamento caro leitor. Para compreender toda a história e os próprios personagens, o leitor é amarrado ao desenrolar da leitura para conseguir descobrir. Logo, se verá tentado a conhecer as obras que são citados e referenciados durante todo o seu percurso. A primeira obra da trilogia de Sylvian Reynard, “O Inferno de Gabriel” é uma obra atual e atemporal, adaptada ao público ambíguo desse tipo de literatura.


B. Fernandes